Com cerca de 500 participantes – entre delegados e convidados –, o PCdoB-SP realizou neste sábado (13), por videoconferência, a etapa estadual da Conferência do PCdoB sobre a Emancipação das Mulheres. A abertura da atividade – que foi transmitida em mais de 70 páginas no Facebook – contou com a participação da ex-senadora Vanessa Grazziotin, secretária nacional de Mulheres do PCdoB.
“Estamos em uma guerra. Na guerra, a nossa luta é pela vida e por vacina”, afirmou Vanessa, destacando o desafio de enfrentar tanto a pandemia de Covid-19 quanto o bolsonarismo. “Realizar neste momento um evento que discute a emancipação das mulheres, com a participação de mulheres e de homens também, é realizar a própria resistência. É preparar a nossa militância e o Partido para resistir, salvar vidas e já ir pavimentando o novo momento”.
Para a dirigente nacional do PCdoB, é preciso “saber como evoluir não só do ponto de vista da elaboração, da formulação – mas da ação. Esse não é o desafio da luta emancipacionista – é o próprio desafio do PCdoB”. Vanessa defendeu a “vinculação das lutas” no dia a dia dos comunistas. “A luta contra a exploração de classes se mistura com a luta pela emancipação das mulheres e a luta antirracista.”
Coube a Vanessa a apresentação do documento-base da Conferência. Em sua fala, ela elogiou o PCdoB-SP por ter alcançado uma das maiores mobilizações – “talvez a maior” – no processo da Conferência Nacional de Mulheres. Em cerca de 20 dias, o Partido mobilizou 1.191 pessoas, de 67 municípios paulistas, num total de 32 plenárias.
Anticapitalista, antipatriarcal e antirracista
Para Julia Roland, secretária de Mulheres do PCdoB-SP, o envolvimento dos dirigentes estaduais foi fundamental para o êxito da etapa paulista da Conferência. “Considero que realizamos um grande trabalho, que foi possível graças à atuação coletiva da direção estadual. Descentralizamos a coordenação das plenárias e alcançamos uma ampla participação”, afirmou Julia.
Em sua opinião, outro ponto positivo desse processo foi a adesão de muitos homens – “camaradas que estão atentos à necessidade de incorporar mais mulheres em nosso partido, para fortalecer a luta pela emancipação das mulheres. As nossas 11 plenárias regionais e as 21 da capital conclamam pela união de homens e mulheres para lutar por mais democracia, denunciar e combater todas as formas de opressão”.
A exemplo de Vanessa Grazziotin, Julia ressaltou “o entrelaçamento das questões de classe, gênero e raça que marcam a formação da sociedade brasileira e suas profundas desigualdades”. Segundo ela, “a concepção emancipacionista é anticapitalista, antipatriarcal e antirracista.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2019, as mulheres representam 51,8% da população do País. “Nós, os comunistas brasileiros, entendemos a luta emancipatória como elemento essencial da emancipação do nosso povo”, declarou, em sua saudação à atividade, o presidente do PCdoB-SP, Rovilson Britto.
“É impossível imaginar uma nação desenvolvida e forte, uma sociedade justa e socialista, sem a participação destemida de mais da metade da população. Precisamos nos lançar a organizar as mulheres de nosso povo na luta pela sobrevivência, por seus direitos, contra a discriminação racial e pelo seu espaço na sociedade e na política”, agregou Rovilson.
Delegados eleitos
A etapa estadual da Conferência recebeu, ainda, mensagens em vídeo de lideranças como a presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos; o governador Flávio Dino (PCdoB-MA); o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP); a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP); e a secretária-adjunta das Mulheres do PCdoB, Márcia Campos.
A atividade deste sábado deliberou também a nova composição do Fórum Estadual pela Emancipação da Mulher. Além disso, foi eleita a delegação paulista que participará da Conferência Nacional do PCdoB sobre a Emancipação das Mulheres. Serão 54 delegados (38 mulheres e 16 homens), além de 43 suplentes. A Conferência Nacional será realizada nos próximos dias 19, 20 e 21 de março. (por André Cintra)
Conferência Exitosa, envolveu todas as Mulheres do Partido comprometidas com a causa, tanto no gênero como partidárias.
Me senti representada, acrescentou muito o aprendizado que obtive participando. E que notei que as demais Delegadas puderam fazer o mesmo uso desse aprendizado.
Parabéns PCdoB !
Parabéns Mulheres Comunistas do Partido!