A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, participou, nesta quarta-feira (29), de reunião virtual sobre lideranças femininas, promovido pelo The Global New Economy Forum, cuja pauta foi a participação das mulheres na política.
Pelas redes sociais, Luciana destacou que na ocasião discorreu sobre os desafios de ampliar o número de mulheres eleitas neste ano. “Um desafio que não é pequeno! Estamos em um ambiente de muitos retrocessos sob a presidência de Bolsonaro. Há uma ausência completa de políticas que promovam o protagonismo das mulheres e isso dificulta que avancemos do que já conquistamos. Mas a gente é madeira de lei que cupim não rói. A palavra de ordem aqui é resistir e avançar!”, apontou.
Durante o evento, Luciana destacou que conquistas já obtidas — como 30% do fundo partidário, 30% no mínimo nas chapas, financiamento e tempo de TV — “são importantes, efetivas, mas insuficientes”. Ela defendeu que é preciso “ter aquilo que muitos países do mundo praticaram: vagas concretas no parlamento ou voto em lista com um percentual de mulheres que responda à necessidade histórica de fazer com que as mulheres possam exercer plenamente a tomada de decisão sobre os rumos do país”.
Em 2018, o Congresso Nacional elegeu 84 mulheres (77 na Câmara e sete no Senado), aumento de quase 53% em relação a 2014. O resultado é atribuído à lei que, desde 2009, obriga os partidos a terem ao menos 30% de candidaturas femininas e aos repasses proporcionais de recursos ao percentual de candidaturas, a partir de 2018.
Ainda assim, a participação feminina na política é baixa no país. Elas ocupam apenas 15% dos cargos políticos do país, embora sejam 52% do eleitorado. Atualmente, o Brasil ocupa a 145ª posição entre 187 países no ranking de mulheres no parlamento, segundo dados da ONU.
O PCdoB vai na contramão deste quadro e tem o maior percentual de mulheres proporcionalmente à sua bancada, além de ser presidido por uma mulher, ter duas vice-presidentas — Jandira Feghali e Manuela d’Ávila — e investir na formação e no lançamento de mulheres à vida política, tendo uma secretaria voltada para ações que buscam a emancipação feminina e a igualdade de gênero.
Por Priscila Lobregatte, publicado originalmente em www.pcdob.org.br