Preparando-se para a disputa eleitoral de outubro, a Secretaria da Mulher do Partido no Estado de São Paulo lançou nesta quinta-feira (30/6) a revista “Mulher, seu lugar é na política! Ocupe seu espaço”, uma contribuição para programas de campanha de candidaturas comunistas, progressistas e democráticas em geral.
Sob o comando da secretária Julia Roland, o Fórum Estadual pela Emancipação das Mulheres, formado por 36 mulheres e homens militantes e dirigentes de várias regiões do estado, se organizou em grupos de trabalho temáticos para formular propostas que se converteram em capítulos da publicação. Somados aos textos que abordam a situação política do país, as desigualdades econômicas e sociais e a prioridade que o partido dá à formação e promoção de mulheres em suas fileiras, os conteúdos resultaram em 43 páginas ilustradas.
Disputar eleições, vencê-las e exercer os mandatos; Mulheres podem mudar o Brasil e São Paulo; Mais democracia requer mais participação feminina; PCdoB é o partido de mulheres que lutam; Não é amor, é trabalho invisível não pago!; É preciso aperfeiçoar a democracia participativa; Estado democrático precisa ser antirracista; Exigimos o fim da violência contra as mulheres; Emprego, renda e dignidade para quem trabalha; Saúde pública e gratuita para toda a população; Educação para garantir desenvolvimento humano; Investir no combate à desigualdade de gênero na cultura; Políticas públicas específicas para as mulheres jovens; e Falta de habitação tira o básico da dignidade humana, são os títulos das matérias e dos capítulos.
Revista na Íntegra
REVISTA-de-MULHERES-do-PCdoB-SP-JUNHO-2022Julia Roland entende que esse material é importante não apenas para subsidiar as candidaturas do PCdoB no estado, mas para a formulação da plataforma das campanhas majoritárias. “O embate deste ano será o mais difícil desde a redemocratização do país, e, conforme as pesquisas de opinião, as mulheres lideram a rejeição a Bolsonaro, o que indica que elas têm mais consciência da gravidade do momento e, por isso mesmo, maior grau de exigência de políticas públicas que melhorem a vida da população”.
Além disso, diz a secretária, “as mulheres poderão ter participação preponderante na reconstrução nacional que a Federação Brasil da Esperança se propõe a fazer”, caso vença a eleição, sob a liderança de Lula e Alckmin, na Presidência da República, e de Haddad no governo paulista. “O Brasil está devastado pelo bolsonarismo, e as mulheres, que são a maioria da população e do eleitorado, têm a tarefa de tomar as rédeas de seu destino”, argumenta Julia.
“O poder só será popular e democrático se tiver a nossa cara. Temos de garantir espaço, interferir na política e defender nossas ideias nas eleições. Não basta disputar cargos, precisamos ser eleitas e exercer mandatos. Na eleição de outubro deste ano, nada é mais importante que derrotar o presidente do caos e eleger bancada de mulheres conscientes e lutadoras. Só assim será possível pensar em transformações reais no país, no estado e na nossa vida.”, diz um trecho da revista, que circulará em formato virtual.
O PCdoB paulista, que integra a Federação Brasil da Esperança junto com o PT e o PV, lançou as pré-candidaturas de Isa Penna para deputada federal e outras sete mulheres para deputada estadual – Leci Brandão, que disputa a reeleição, Carina Vitral, que hoje é suplente, Mariana Moura (cientista), Márcia Quintanilha (jornalista), Keila Pereira (ativista cultural), Francisca Pereira (professora) e Rozana Barroso (estudante). Junto com Orlando Silva, que disputará reeleição para deputado federal, e outros sete candidatos comunistas da Capital e do interior, o Partido almeja aumentar suas bancadas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa e contribuir com a vitória das forças democráticas e populares no pleito que se realiza daqui a três meses.
Por Sueli Scutti