Manifestação no campo na Bahia (Foto: Daniel Violal)

Na sexta-feira, dia 8 de março, foi o dia D de lutas da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra. As mobilizações ocorrem desde quarta-feira (6), quando milhares de mulheres do movimento entoaram vozes no campo e cidade, com o lema: “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”

As mobilizações voltaram-se às denúncias de violências estruturais do sistema capitalista que afetam diretamente a vida das mulheres, por meio da instituição do patriarcado, do racismo e LGBTQI+fobia.

Além de protestos contra uma série de outras violações, como as desigualdades sociais, a fome e a pobreza, criadas a partir da mercantilização da vida, dos bens comuns e da natureza. Foi destacada a denúncia da violência cotidiana enfrentada, tanto nos territórios como nas esferas doméstica e política.

Lucineia Freitas, da coordenação nacional do Setor de Gênero do MST, conta que durante a Jornada houve diversas ações, com acampamentos de formação, ocupação, marchas, protestos e negociação a níveis regionais, seja em órgãos federais ou em órgãos estaduais. Enunciando as diversas formas de violência às quais as mulheres estão expostas no campo e na cidade.

“Desde a violência que atinge os territórios, a violência que atinge seus corpos, as mulheres também denunciam os financiadores, de quem lucra com essa violência, demarcando a importância de uma política de enfrentamento a todo o processo que nos desumaniza, que nos agride, que nos oprime.” – destaca Lucineia.

As mobilizações ocorreram em 24 estados onde o MST está organizado, mobilizada por mais de 15 mil mulheres Sem Terra que se uniram as trabalhadoras da cidade em defesa de seus corpos-território, da Reforma Agrária Popular, da produção de alimentos saudáveis no combate à fome e na construção do feminismo popular e camponês.

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por Lays Furtado

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