No dia 10 de março, a juventude do PCdoB realizou uma plenária para debater os temas da 3° Conferência Nacional sobre Emancipação das Mulheres. Marcaram presença, cerca de 400 Jovens de todas as regiões do Brasil. A plenária foi mediada por Keully Leal, da União da Juventude Socialista (UJS) e Mariara, da Juventude Pátria Livre (JPL).

Entre os participantes, André Tokarski, secretário nacional Juventude do PCdoB. Ele abriu a plenária e convidou a secretária nacional da Mulher, Vanessa Grazziottin, para apresentar as teses que estão sendo debatidas. A ex-deputada federal, Manuela D´Ávila, falou sobre o feminismo do século 21 e seus desafios.

Segundo Keully Leal, “o debate foi rico de ideias, alegre e muito emocionante”.

Parlamentares estiveram presente e destacaram a dura realidade de ser mulher, jovem e negra no parlamento, principalmente diante da pandemia e do governo negacionista, genocida e irresponsável de Bolsonaro. No entanto, elas se demonstraram empolgadas e preparadas para resistir e abrir caminhos para as demandas emergências do povo, procurando fazer mandatos participativos e próximos da população.

Representantes de entidades de movimentos sociais reafirmaram a importância de construir um feminismo popular que dialogue e organize as mulheres jovens, negras, LGBTs e de periferia.  Jovens que sofrem sem emprego, sem condições de acesso à educação e sem perspectiva de futuro.

“Sem ter acesso aos serviços básicos, essas jovens são espremidas para a margem da sociedade, sem condições de ir à escola. Sem acesso aos serviços de saúde e proteção, ficam cada vez mais vulneráveis a todos os tipos de violência e trabalho abusivos”, explica Keully Leal.

No Brasil, a cada quatro minutos uma criança é vítima de estupro, a maioria delas, meninas. Para uma outra parcela das jovens, a realidade é o trabalho abusivo, insalubre e sem direitos.

Outro aspecto abordado pelos presentes foi a realidade das jovens mulheres trans, as mais vulneráveis à violência e parte delas tendo somente a prostituição para garantir alguma renda. Segundo as estatísticas, o Brasil é pais que mais mata transexuais e travestis no mundo.

O tráfico é outro problema para parte da juventude da periferia que, sem perspectivas, encontra aí uma forma de sobrevivência.

Mesmo com esses problemas, a juventude não desanima. “Seguiremos em marcha, por caminhos que muitas, antes de nós, já trilharam. As jovens estão cada dia mais empoderadas e sem tempo para aturar essa estrutura velha, patriarcal e quadrada na qual somos submetidas ao nascer”, finaliza Keully Leal.

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