Anúncio foi feito em evento com a presença do governador, Elmano de Freitas (PT-CE), a vice-governadora e Secretária das Mulheres, Jade Romero (MDB-CE), os prefeitos de Itapipoca e São Benedito, a senadora Augusta Brito (PT-CE), o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará, desembargador Abelardo Benevides Moraes, entre outras autoridades | Fotos: Helene Santos/ Gov. do Ceará

A Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou segunda-feira (21) a criação de três novas Casas da Mulher Brasileira no estado do Ceará, durante um evento realizado no Palácio da Abolição, em Fortaleza. As novas unidades serão instaladas nos municípios de Itapipoca, Limoeiro do Norte e São Benedito, reforçando o compromisso do governo com a proteção das mulheres e o combate à violência de gênero. O anúncio foi feito âmbito do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização sobre a violência contra a mulher.

No evento, a ministra Cida Gonçalves destacou a prioridade de acabar com o feminicídio. Ela ressaltou que “o feminicídio zero significa pôr fim a toda escalada [de violência] até o feminicídio. Porque sabemos que o feminicídio é o último ato da violência doméstica. Então, precisamos trabalhar todo o processo e todo o caminho até que se chegue ao feminicídio. Mas, precisamos pensar com um outro olhar e ações concretas para inibir e punir o feminicídio.”

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira, uma inovação no atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência, integra diversos serviços especializados no mesmo espaço. Esses serviços abrangem desde acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

Essa iniciativa é um dos pilares do programa Mulher, Viver sem Violência e visa fornecer acesso facilitado a serviços especializados para enfrentar a violência, promover o empoderamento das mulheres e sua autonomia econômica. É um passo definitivo do Estado para o reconhecimento do direito de as mulheres viverem sem violência.

“A Casa da Mulher Brasileira foi pensada para ter um atendimento humanizado. Desde as cores, todos os espaços são pensados com esse objetivo, tanto para as mulheres que serão atendidas, quanto para seus acompanhantes e as pessoas que trabalham na Casa”, discursou Cida Gonçalves.

Ampliando o alcance

Os novos equipamentos no interior do estado irão reforçar o trabalho da primeira Casa da Mulher Brasileira inaugurada no Ceará em 2018, responsável por atender, até o ano passado, cerca de 162 mil mulheres vítimas de violência no Estado.

Além da unidade de Fortaleza, o Ceará tem, hoje, em funcionamento três Casas da Mulher Cearense em Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral. Com as três Casas anunciadas hoje e as que estão em implementação no estado, nos municípios de Iguatu, Crateús e Tauá, no total serão dez equipamentos desse tipo, entre modelos estaduais e federais.

O governador Elmano de Freitas (PT-CE) assegurou o comprometimento do governo em expandir ainda mais os serviços de apoio às mulheres no estado. “As mulheres do Ceará que sofrem violência encontrarão uma Casa onde serão recebidas com apoio psicológico, assistência social e seguirão para a autonomia econômica. Ao mesmo tempo, será garantido que o agressor seja punido”, reforçou o governador.

Marcha contra a Misoginia

A ministra adiantou ainda que, no próximo dia 31, será lançada nacionalmente a Marcha contra a Misoginia, para enfrentar o ódio contra as mulheres. “Precisamos pegar a raiz do problema, e o problema é a misoginia, que é o ódio contra as mulheres. O papel do governo é fazer política pública para enfrentar essa questão”, enfatizou.

Cida lembrou ainda que o Ceará é a terra natal da farmacêutica Maria da Penha, cuja sobrevivência a duas tentativas de feminicídio deu nome à lei federal de combate à violência doméstica e familiar, a Lei Maria da Penha, que completou 17 anos este mês.

“É uma emoção estar na terra da Maria da Penha, que lutou durante anos até a gente ter uma das maiores leis de violência contra a mulher. Se a Lei Maria da Penha fez diferença em 2006, a lei da igualdade salarial fará diferença agora”, destacou a ministra.

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com agências
Por Bárbara Luz

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